quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: em que espelho ficou perdida a minha face?" - Cecília Meireles 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Isso sou eu.

Luzes amarelas da cidade, o som das pessoas, o cheiro doce do perfume preferido... É preferido porque é dele!
Amor de filme é o que eu quero!
Não se preocupar com o horário de voltar para casa, sentir aquele friozinho da noite... Queria poder passar uma noite no centro, vendo aqueles pontinhos coloridos no horizonte, das luzes dos letreiros, dos prédios, dos carros... Ter alguém que se preocupe em tirar o próprio casaco, só para não me deixar passar frio. Aquecer com abraços, com palavras doces... Tão doces quanto aquele perfume que fica na roupa, que dá calafrios!
Segurar na mão, conversar a noite toda... Olhar nos olhos, abraçar, ter por perto. Bem pertinho.
Andar sem rumo, parar para comer quando der fome... Pode ser em qualquer lugar, num barzinho do centro, ouvir musica boa...
Dar risada de tudo, chegar em casa só no amanhecer...
Receber flores, mesmo que roubadas da vizinha...
Chorar juntos, ao ler uma poesia...
Ouvir musica, mesmo que um goste mais de rock, o outro de bossa nova..
Assistir filme, comer brigadeiro de panela...
Deitar no carpete da sala, ver na parede o reflexo da luz do sol que deita...
Acordar com vergonha, depois de perceber que cochilou com a boca aberta...
Tomar sorvete na padaria, as 8:00h da manhã...
Ter um homem de verdade, daqueles que a gente se sente acolhida, que só de pensar dá pra sentir asinhas na barriga, borboletas no estômago!
Quero proteção, quero um romance, quero um amor cinematográfico!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Inferno particular.

Estava cansada: Não aguentava mais correr atrás de algo que não encontrava nunca. Estive mergulhada na mais amarga tristeza já experimentada e senti dores horrorosas que não desejaria a ninguém. E o que fazia? Chorava. Chorava, pois não havia o que fazer. Sentia-me totalmente abandonada pelo belo, pelo colorido. Carregava uma imensa dor, meu peito latejava diariamente. Já era rotina - Ao acordar, ao tomar café, ao andar de ônibus - procurava no rosto das pessoas que encontrava pelo caminho quem me salvaria dessa agonia. Todos passavam por mim sem expressar ao menos um gesto de reconhecimento. Havia desistido do amor depois de tanto esperar por um carinho, por um colo. Dolorosa solidão! Ela me consumia dia após dia, me matando aos poucos. E chegou o dia em que ela conseguiu. Sim senhor, eu já morri. Assassinaram minha alma, pois naquele momento senti que não teria mais utilidade nesse mundo, que tinha que ninguém se importaria com a minha ausência e simplesmente fui embora. Parti sem dizer adeus, apenas guardei minha alma na caixinha mais apertada e a tranquei. Pensei em tocar fogo ou jogar no lixo, mas não tive coragem. Guardei no lugar mais longínquo e obscuro que conhecia e a deixei lá. E segui. Segui sem mais suspirar, sem mais me emocionar. Estava gélida. Estava morta. Não amaria mais, foi o que prometi. Meu peito apodreceu e meu coração esqueceu-se da emoção do batucar. Meu sangue não corria pelas minhas veias. Estava anestesiada. Vivia por viver, não era mais a mesma. Deixei de cantar as canções de amor, esqueci todos os romances que havia lido. Não sentia mais vontade de escrever, minhas telas não tinham a cor de antes. E tudo isso por culpa de um beijo. Beijo apaixonado que não recebi. Mas ela recebeu. Um beijo tão ardente e intenso que ela jamais esqueceria. Nem eu. Jamais me esquecerei daquele beijo. Ele havia me enganado, era ela quem ele queria! Mas por que na minha frente? Foi o que faltava para acabar comigo. Perguntava-me por que Deus teria me feito tão quente. Para passar por todas essas desilusões e tornar-me fria? Teria de haver algum motivo, que desnecessariamente seria crueldade demais. Apagar todo aquele sentimento que carregava comigo, esfriar a vontade que tinha de aquecer alguém doeu muito. Não foi fácil deixar tudo que acreditava. Fazia parte das românticas, das que desejavam fazer alguém feliz, que se contentam com apenas com um sorriso, um gesto de carinho. Não tive coragem de destruir tudo isso, então guardei no mesmo lugar em que escondi minha alma e acabei me acostumando a vagar pelos lugares. Viva como uma alma penada, sem sentido, sem ter para onde ir. Nesse caminho conturbado sei que encontrei quem ofereceu-me ajuda, e recusei. Agora as coisas não são tão simples. Sinto medo, receio de que alguém encontre minha alma, que faça meus batimentos voltarem e ferir-me novamente. Queria poder corresponder, mas não consigo. Esqueci como amar. Tenho medo de sofrer novamente... ou pior: fazer alguém sofrer também. Continuo fria, e sei que seguirei assim ate encontrar quem realmente será capaz de me entender, ressuscitar-me e fazer meu coração bater sem dor.

~*

É... esses textos que a gente encontra por ae....
Pensei que nunca mostraria a alguém, mas tá aqui agora..!  (:
Cada crise existencial que se passa... Fazer oq? hahaha

uma flor'

Achei você no meu jardim entristecido
Coração partido
Bichinho arredio
Peguei você pra mim
Como a um bandido
Cheio de vícios
E fiz assim, fiz assim:
Reguei com tanta paciência
Podei as dores, as mágoas, doenças
Que nem as folhas secas vão embora
Eu trabalhei
Fiz tudo, todo o meu destino
Eu dividi, ensinei de pouquinho
Gostar de si, ter esperança e persistência sempre
A minha herança pra você é uma flor
Um sino,uma canção,um sonho
Nenhuma arma ou uma pedra eu deixarei
A minha herança pra você é o amor
Capaz de fazê-lo tranqüilo, pleno
Reconhecendo no mundo o que há em si
E hoje nos lembramos sem nenhuma tristeza
Dos foras que a vida nos deu
Ela com certeza
Estava juntando você e eu
~*

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

É pra lembrar.

Lembre-se que ele não deu bola
Lembre-se que tudo aquilo era história
Lembre-se que não passava da conquista
Lembre-se sempre que você era só mais uma na lista
Que ele era apenas um vigarista.
Lembre-se que nem ao menos te respondeu,
Não se esqueça que nem bom dia te deu
Que não queria conversar contigo
Mulher, porque ainda se importa com esse maldito?
Ah, eu sei, eu sei, as vezes não dá pra controlar
Coração de moça sonhadora é mesmo difícil de administrar
Poderiam ter te contado desde cedo
Que nesse mundo o coração sempre se torna azedo
Até hoje o seu parece-me muito teimoso
Toma porrada toda hora, e isso dá um certo desgosto.
O melhor a fazer é te aconselhar:
Esqueça, seus gritos seu príncipe jamais ouvirá. (:

Não sou descartável,
meus beijos não foram feitos para serem cuspidos fora.
Não precisava mentir, que tipo de brinquedo fui para você?
Qual o objetivo, pra que perder seu tempo comigo?
Não sou objeto, não é pra jogar no lixo!
Não sou de ferro, não queria ser enganada...
Queria apenas ser amada. :/

É pra guardar Camila, não é pra esquecer. Não acredita quando promessas lhe fizerem, quando sorrisos lhe dedicarem, quando carinhos lhe aquecerem, quando abraços lhe confortarem. Não confia, não acredita, não é pra amar. Nesse mundo de coisas descartáveis não deixa cuspirem na sua honra, se alguém se aproximar. É pra matar! Não deixa, fica forte, fica gélida. Sempre. É pra lembrar.

terça-feira, 15 de novembro de 2011